‘Maior campeã’, ‘eterna professora’, ‘capacidade única’: a repercussão da morte de Rosa Magalhães

  • 26/07/2024
(Foto: Reprodução)
Carnavalesca com mais títulos no Sambódromo morreu na noite desta quinta-feira (25), no Rio de Janeiro, aos 77 anos. Rosa Magalhães, campeã absoluta do carnaval, morre no Rio de Janeiro A morte de Rosa Magalhães, a carnavalesca com mais títulos no Sambódromo, repercutiu no mundo do samba. A carnavalesca tinha 77 anos e morreu no Rio de Janeiro na noite desta quinta-feira (25). Ela foi vítima de um infarto. A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa) publicou uma nota de pesar em seu perfil no Instagram. “A Liesa lamenta profundamente a perda de Rosa Magalhães, carnavalesca que fez história no carnaval. Nossos mais sinceros sentimentos aos amigos e familiares.” Veja, a seguir, outras homenagens publicadas para Rosa. Imperatriz Leopoldinense "O GRES Imperatriz Leopoldinense, em nome da presidente Catia Drumond e de todos os seus segmentos, lamenta com profunda tristeza o falecimento da carnavalesca Rosa Magalhães, artista consagrada e maior campeã da Era Sambódromo. Neste momento, faltam palavras para definir a grandeza de Rosa e de toda a sua trajetória não só no Carnaval, mas em toda a sua carreira, ao longo dos mais de 50 anos de trabalho dedicado à arte. Falar de Rosa Magalhães é falar da história da Imperatriz, tendo em vista que, de 7 títulos conquistados pela professora, 5 foram em nossa agremiação. Rosa promoveu desfiles inesquecíveis aos olhos do público e de toda a crítica, e sempre estará marcada por sua elegância, pela entrega magistral em seus trabalhos, e principalmente por sua brasilidade nas histórias que contou ao longo de todo esse tempo. É e sempre será referência para todos os amantes do espetáculo que ela também ajudou a construir. 'As histórias se confundem. É impossível falar de Imperatriz Leopoldinense sem falar de Rosa Magalhães. Hoje o meu coração, e de toda a escola, chora a perda da maior de todos os tempos. O Carnaval deve muito à Rosa Magalhães e nós temos muito orgulho de saber que em nossa biografia ela sempre estará. Obrigado, Rosa. Nossa eterna gratidão e amor', afirma a presidente Catia Drumond." O estilista francês Jean-Paul Gaultier conversa com a carnavalesca Rosa Magalhães sobre figurino que vai desenhar para a Portela Ricardo Lima/Divulgação/Portela Império Serrano “Com tristeza, o Império Serrano recebeu a notícia do falecimento da carnavalesca Rosa Magalhães, aos 77 anos, nesta noite. No Império, Rosa foi campeã com histórico “Bum Bum Paticumbum Prugurundum”, em 1982, ao lado de Lícia Lacerda.” Grande Rio “O samba se despede de uma de suas maiores artistas. É com imenso pesar que a Grande Rio se despede da carnavalesca Rosa Magalhães. Seu legado é marca fincada na história do nosso o Carnaval. Descanse em paz, eterna professora." Unidos de Padre Miguel "Com profundo pesar, lamentamos o falecimento da brilhante carnavalesca Rosa Magalhães. Rosa foi uma verdadeira lenda do carnaval carioca, cujas contribuições e inovações marcaram a história dos desfiles das escolas de samba. Neste momento de dor, nossos pensamentos e orações estão com seus familiares e amigos. Nossa eterna gratidão e saudade". carnavalesca Rosa Magalhães Divulgação Paraíso do Tuiuti "Não existe preto e branco quando o seu mundo era cheio de cor. Quem perde as cores hoje somos nós. O Paraíso do Tuiuti, em nome do presidente Renato Thor e toda a diretoria, vem expressar o mais profundo pesar pelo falecimento da professora Rosa Magalhães. Em momentos como este, faltam palavras em expressar o tamanho de sua grandiosidade. Para nós, só nos resta agradecer: Obrigado por muito!" Estácio de Sá “É com grande pesar que comunicamos o falecimento da PROFESSORA CARNAVALESCA ROSA MAGALHÃES 🖤 Ela teve uma passagem marcante no Berço do Samba em 2020 quando a querida ROSA completou 50 anos de Carnaval assinou o nosso Desfile Enredo Pedra. A Maior vencedora de títulos na Sapucaí. O Samba perde um dos seus pilares. Lamentamos muito essa enorme perda para o Maior Espetáculo da Terra. Que todos em especial a família, possam encontrar paz e consolo nesse momento tão difícil. Fica aqui nossa singela homenagem a essa pessoa incrível.” Siga em Paz Professora!” São Clemente "Caramba ela tinha que ser pra sempre !" Fábio Fabato, jornalista e amigo da carnavalesca "Rosa foi a maior fazedora da maior das festas populares do planeta. Só isso já bastaria para ser considerada uma das grandes artistas brasileiras de todos os tempos. Uma capacidade única de descobrir histórias e contar para as pessoas a partir de uma linguagem inventada pelo Brasil: o desfile das escolas de samba." ✅Siga o canal do g1 Rio no WhatsApp e receba as notícias do Grande Rio direto no seu celular. A carnavalesca Rosa Magalhães Jorge Soares/G1 Começo no carnaval Rosa Magalhães relembra campeonatos em seus 50 anos de carnaval Artista plástica, com três graduações — pintura, cenografia e indumentária — e ex-professora da Escola de Belas Artes da UFRJ, Rosa entrou para o mundo do samba em 1970, levada pelas mãos do então professor Fernando Pamplona para o Salgueiro. Ela se formou nessa “academia”, junto com Arlindo Rodrigues, Joãosinho Trinta, Maria Augusta e Lícia Lacerda. Na época, Laíla era o diretor de harmonia. “Naquela época mulher não ia à quadra da escola de samba. A gente trabalhava no quintal da casa de um diretor salgueirense, em Botafogo. Lá a gente fazia alegorias e fantasias. E fazia a montagem final dos carros no Pavilhão de São Cristóvão”, disse Rosa em entrevista ao g1 em 2020. E foi com este primeiro trabalho, como uma das assistentes de Pamplona, que Rosa conquistou seu primeiro título, no Carnaval de 1971. Foi quando o Salgueiro começou a fazer um Carnaval diferente, exaltando a cultura negra, com o enredo “Festa para um rei negro”. "Era tudo novo, a gente fazia um trabalho muito legal. Ganhar é muito bom. E o primeiro título a gente nunca esquece. E o último, também não”, afirmou. Em 1982, quando assinou seu primeiro Carnaval com a amiga Lícia Lacerda, no Império Serrano, Rosa conta que brigou muito. Mas conseguiu se impor e conquistou seu primeiro campeonato como carnavalesca. "Foi uma luta. O Pamplona deu a ideia do enredo, e nós desenvolvemos. Mas mudamos um monte de coisa, a começar pelo nome. De 'Praça 11, Candelária e Sapucaí', para 'Bum bum paticumbum prugurundum'. Briguei muito, o trabalho levou um mês para ser aceito", lembrou. A dupla Rosa-Lícia ainda fez um dos mais memoráveis carnavais da Estácio de Sá, o "Ti-ti-ti do sapoti", em 1987. Quando Lícia se mudou para os Estados Unidos, Rosa seguiu sozinha e fez mais dois enredos para a Estácio. Sequência de títulos A época de ouro da carnavalesca aconteceu entre 1994 e 2001, quando conquistou nada menos do que cinco dos oito campeonatos da Imperatriz Leopoldinense. Foi na Verde e Branca de Ramos que Rosa se firmaria com um trabalho requintado, luxuoso e calcado em enredos históricos muito bem trabalhados. Criatividade, riqueza de detalhes e acabamento passam a ser a marca de carnavais perfeitos, como “Catarina de Médicis”, “Mais vale um jegue”, “Theatrum rerum” e “Cana-caiana”. Foram cinco títulos, sendo um tricampeonato – de 1999 a 2001 –, em 18 anos de trabalho na Imperatriz. Com isso, Rosa se tornou a grande dama do Carnaval Carioca. Nem Joãosinho Trinta, amigo e parceiro de Rosa no Salgueiro de 1971, chegou a tanto. O carnavalesco tem nove títulos em três escolas diferentes, sendo dois bicampeonatos pela Beija-Flor. “Carnaval é uma cachaça. Mas daquela bem boa, lá de Paraty”, disse Rosa Magalhães.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/07/26/rosa-magalhaes-morre-no-rio-veja-repercussao.ghtml


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