Operação mira fraudes de R$ 40 milhões no Banco do Brasil; bando aliciava funcionários e terceirizados
21/11/2024
Agentes saíram para cumprir 16 mandados de busca e apreensão. Entre os alvos estão funcionários e terceirizados. Operação mira fraudes de R$ 40 milhões no Banco do Brasil
A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciaram nesta quinta-feira (21) mais uma fase de uma operação contra fraudes no Banco do Brasil. O prejuízo foi de R$ 40 milhões.
Agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) saíram para cumprir 16 mandados de busca e apreensão contra 11 investigados. Entre os alvos estão funcionários e terceirizados.
Segundo as investigações, os criminosos utilizavam dispositivos eletrônicos clandestinos para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos de clientes.
Os ataques foram identificados em dezembro de 2023 em agências no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel e Centro, no Rio de Janeiro, além de unidades em Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.
O grupo atuava de forma organizada, com divisão de tarefas específicas entre aliciadores, aliciados, instaladores, operadores financeiros e chefes.
Quem era quem na quadrilha
Aliciadores recrutavam colaboradores do banco e terceirizados para obter senhas funcionais;
Aliciados forneciam suas credenciais mediante pagamento;
Instaladores conectavam dispositivos aos sistemas do banco;
Operadores financeiros movimentavam valores desviados;
Chefes organizavam e coordenavam todas as etapas do esquema, incluindo aquisição de dispositivos, aliciamento e execução das fraudes.
Operação mira fraudes no Banco do Brasil; prejuízo chegou a R$ 40 milhões
Reprodução/ TV Globo
Outras fases da operação
Segundo o Banco do Brasil, a ação desta quinta é a 4ª fase de uma operação que começou em julho. Na época, a delegacia prendeu 3 pessoas de um bando que “hackeava” agências bancárias. Os criminosos instalavam dispositivos no cabeamento de dados dos bancos e assim fazia transferências, furtando de correntistas aleatórios.
No mês passado, a DRF voltou a combater a fraude. Na ocasião, apurou-se que a quadrilha contava com a colaboração de um gerente de Mato Grosso, um funcionário de TI e terceirizados do banco.
“O Banco do Brasil informa que esse é apenas um desdobramento da operação que se iniciou em julho deste ano, que está em sua quarta fase. As investigações iniciaram a partir de apuração interna, que detectou irregularidades, as quais foram comunicadas às autoridades policiais”, disse o banco.
“O BB possui processos estabelecidos para monitoramento e apuração de fraudes contra a instituição, adotou todas as providências no seu âmbito de atuação e colabora com as investigações do caso.”